31 março 2009

- Opinião de um homem sobre o corpo feminino


Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.

Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem. Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas.

As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas... . Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo. As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem. Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.

Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura. A elegância e o bom trato são equivalentes a mil viagras.

A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa. Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.

As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas... Porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam conosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.

É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde.

Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês. porque, nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher. Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.

As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado. O corpo muda... cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18. Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.

Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (não se saboteia e não sofre); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.

Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em spa... viveram! O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.

Cuidem-no! Cuidem-se!
Amem-se!
A beleza é tudo isto.

Paulo Coelho

29 março 2009

- Governador poeta

Sou da cerâmica, sou do carvão
Sou do torno, da construção
Sou da bola, do Brasil campeão
Visto o Brasil com a confecção
Sou do trabalho, mas no verão
Eu descanso lá no Rincão

Dou as tintas no casarão
Faço as cores dessa Nação
Fabrico tudo, até caçamba de caminhão
Sou virtude de toda gente
Afetivo, beneficente
Afirmo, sem dúvida nenhuma
Sou melhor, sou de Criciúma

Luiz Henrique da Silveira
Governador do estado de Santa Catarina
Na inauguração da nova sede ACIC (Associação Comercial Industrial de Criciúma)
Março/2009

22 março 2009

- Buá, Buá

Chorinho novo na casa.
Assim tudo começa... Filhos. Childrens.
Covinha no queixo anuncia. Um pestinha.
A jovem mamãe atrapalhada não sabe até onde vão seus conhecimentos.
Seios cheios doem os pontos, chora o filho, chegam os amigos.
Tudo ainda parece confuso. Aquele novo integrante da família precisa de atenção e cuidados.
A mãe carente, disforme, tenta relaxar das tensões do parto.
O enxovalzinho engomado das gavetas já se encontra num emaranhado de roupas ... Fraldas a lavar, babeiros, pijaminhas.
A casa outrora cuidadosamente organizada parece que bagunçou geral. Chazinho, chupeta... O banho.
Este é apenas o anuncio que nada mais será como antes.

Dividir os espaços faz parte da vida de todos os pais e assim o prelúdio de muita estrada que será compartilhada junta.
Logo, logo estará correndo o rapazinho, a guriazinha enchendo de esperança o coração dos pais, ainda que originando muitas preocupações e trabalho.
Um filho é um presente dos céus, e é mesmo difícil escapar das tentações da maternidade.
Todos querem ver perpetuada sua espécie, sentir as emoções da igualdade de sangue, de amor, mesmo que para isso e por isso seja preciso tanto amor.
As crianças de hoje são uma parada.
Inteligentes, sagazes e exigentes.

A par com o mundo atual são consumistas, perspicazes e mandonas.
Tempo foi quando o pai dava um assovio e todos se amontoavam quietos e respeitosos ao redor da mesa.
Hoje os donos da casa são eles. Abrem seu espaço com a energia que desarma qualquer mortal.
Não sei até onde o mundo avançou e nem tão pouco onde ficou perdida a autoridade dos pais.
A verdade é que no calendário da família está exigido a escola, a viagem de férias, a casa de praia, o aparelho dos dentes, a festa de 15 anos, o guarda-roupa, os sapatos.... E haja amor. Sim, porque esse é o ingrediente principal. Afinal, temos que formar adultos equilibrados, afastá-los dos perigos da atualidade, dar exemplo... E haja amor.

Ouvi uma vez um amigo dizer: “filho? É um investimento sem retorno.”
Uma afirmativa radical demais para quem espera tanto de uma nova vida.
Ali estarão estampadas nossas lágrimas de emoção, de sacrifico, de entrega.
Triunfaremos aos vê-los (as) diplomar-se realizado (a) e feliz.
Nossa alegria sempre foi o sorriso deles, desde quando a sabedoria da vovó anunciou ao pé do berço :.. “Trás no queixo uma covinha...”

Ireninha
Crônica escrita no ano de 1993

19 março 2009

- A outra

“Ele é casado, e eu sou a outra que o mundo difama e a vida essa ingrata maltrata, sem dó cobre de lama...” (Maria Bethânia )

Espanto e incredulidade quando é descoberta a “filial”; isso dá “pano prá manga” e desdobramentos dos mais inesperados.
A vida apresenta quadros inimagináveis e a fraqueza de um pode desmoronar meio século de casamento. A paixão é passível a qualquer um de nós, mais evidente que a ocasião faz o ladrão.
A parada chamada amor nunca está totalmente ganha; o mundo esta aí, cheio de solicitações, de novidades, é perigoso estacionar.
A mulher traída busca força no além, e mesmo machucada pela desilusão imediatamente muda sua conduta, busca sua melhor forma, troca o visual e tenta circunspecta achar os motivos, os erros e onde foi que esta relação se perdeu.
Matriz e Filial só combinam como letra de música, pois no amor é sem divisão, a menos que a sociedade alternativa prove ao contrário.
Infidelidade por si só é uma palavra pesada, fica difícil carregar. Convém lembrar, no entanto que a vida continua para ambos, e quem foi que disse que o melhor não está por vir?
Jamais se entende que a separação é uma derrota. Como na escola, a vida nos dá direito à reprovação, para que se prossiga com mais bagagem alcançada justamente nas dificuldades que a vida apresenta.


Ireninha
Texto escrito no ano de 1993

17 março 2009

- Cantada de Mulher

Dentre essas histórias que se escuta diariamente, escutei um fato interessante que, como diria alguém que já se foi, dou de graça prá vocês.
Um amigo comum, natural de Nova Prata -RS e residente a muitos anos em Criciúma, viajou a negócios para Chapecó. De volta a cidade, pegou o ônibus linha Chapecó-Criciúma. Para sua surpresa, verificou que sua poltrona de nº 23 tinha ao lado, devidamente sentada na 24 uma jovem senhora com uma criança no colo. Nosso amigo, com o cavalheirismo que lhe é peculiar, indagou-a se gostaria de sentar-se à janela bem como manifestou cordialmente a gentileza de revezarem a criança. Até aí tudo bem.
O amigo estava mesmo de paizão.Ursinho de pelúcia, afagos na garotinha. A jovem senhora recostou os pés da pequena no colo do nosso amigo. A viagem transcorria tranqüila, a par de alguns bate-papos informais quando a escuridão e a monotonia dos quilômetros fizeram nosso personagem meio que adormecer. Qual não foi sua surpresa quando de chofre sentiu algo diferente a lhe roçar a perna. Pensou naturalmente que seriam os pés da criança, e não ousou abrir os olhos. Mas, a pressão insistente acabou por deixá-lo de “orelha em pé”; Repentinamente sentiu um beijo em sua boca. Mais que depressa, assustado e como bom moço tratou de esclarecer: Moça, sou casado. E ela respondeu:- Eu também.
Nessa altura nosso personagem atônito não entendeu mais nada, nem sabia mesmo que nos dias de hoje é melindroso ser educado, até quando se referiu à criança lourinha dizendo que a mesma parecia um anjo. A jovem senhora retrucou; - anjo é você!
Nosso amigo se viu francamente embaraçado, suado e nervoso. Afinal, nos dias atuais o que pensar? Não seria uma emboscada? Um alarme falso? Ora, esmola demais o santo desconfia.
Diante dos acontecimentos, a situação, como é de se imaginar estava deveras preocupante, ainda mais em se tratando de alguém que sabe tão bem distinguir educação e cavalheirismo de oportunismo e malandragem.
A bem da verdade a “jovem mamãe aventureira” ia com destino mais além. Nosso amigo, descendo em Criciúma muito atordoado, desejou-lhe uma boa viagem. Respirou fundo pisando em terra e aliviado concluiu que tinha sido alvo de uma atração fatal, uma deslavada “Cantada de Mulher”.

Texto baseado em fatos reais escrito no ano de 1993.
Ireninha

15 março 2009

- Eu sou terrível

Sou lourinha, tenho nove anos.
Na minha casa costumam dizer que sou a “raspa da panela”, um chavão para denominar o filho caçula.
Sou a terceira filha e temo em contar que me acham tenebrosa. Assim, uma espécie de problem child.
Minha rebeldia tem uma explicação, nasci em 13 de maio, regida sob o signo de touro, talvez o mais teimoso do zodíaco.
Sou talentosa, inteligente e apresento certa tendência para as artes cênicas. Muitos se assombram (como meus professores) com certas cenas teatrais inesperadas que eu, impetuosa apresento.
Não sei perder em competições de qualquer ordem, por isso sofro e faço sofrer meus adversários. É uma impaciência que acostumei a ter devido à cronologia familiar, sou a “terceira”, tenho que esperar a minha vez e isso me maltrata.
Todos dizem que sou bonita, com cara de anjo, mais quem dera! De angelical e mansa não tenho nada, ainda que meus olhinhos esverdeados e límpidos passem esta mensagem. Minhas irmãs são mandonas e querem me governar. O que eu ganho gostam de dividir mais quando é delas... É bem diferente. Porque irmãos brigam tanto? Quem sabe por que não perceberam que ninguém é perfeito. Eu também não sou.
Gosto dos meus primos e avós, e o meu pai é o que mais me entende. Adoro todos os bichos e gosto especialmente da Bambina (nossa cachorrinha). Sabe quem sou? Sou a Marion e espero que você me entenda, muito embora eu não tenha vindo para explicar e sim para confundir. Um dia todos me compreenderão. É difícil mesmo compreender a cabeça de um gênio (modéstia!)... Trago comigo muita carga positiva para ser explorada, só que enquanto cresço... Há que se ter muita paciência.
Ser meu amigo é fácil, é só falar calmamente e não me desafiar. O touro não gosta de ser provocado e sua chifrada, sabe, às vezes machuca.

Ireninha
Crônica escrita no ano de 1994 para nossa filha caçula Marion.

14 março 2009

- Motozan anúncio revista

Anúncio Revista Mampituba


Produção: Conexão Arte Publicitária

12 março 2009

- Universitária em confissão

...“O hotmail rasga automaticamente as minhas cartas, as fotos somem sempre que o computador estraga; todo mês a Motorola lança quatro ou cinco modelos diferentes de celulares. Estranho? Claro que não. Já estamos tão acostumados que mal percebemos a insolidez e instantaniedade das coisas.
E não é à toa. Nos vestimos assim, comemos assim, e o mais triste: nossos relacionamentos também são assim. A minha geração inventou o "ficar" e admite tranquilamente sexo sem compromisso.
Diferente da minha mãe, eu não preciso namorar pra beijar na boca, nem casar pra deixar de ser virgem e, se aos 16 eu me sentia em vantagem, hoje eu começo há admirar aqueles tempos.
Para onde foi o romantismo, o amor verdadeiro, as flores e declarações?
O que aconteceu com a intimidade, com o respeito e a confiança?
Será que ninguém mais acredita na felicidade calma das terças feiras chuvosas, na alegria constante de se querer quem se tem?
A verdade é que eu cansei dessas competições infames de "quem demora mais pra responder o telefonema", chega desse teatro infantil do "vou fingir que eu não vi". O amor é um jogo esquisito, em que só se ganha quando dá empate. Não quero sair por cima, muito menos sair por baixo, o que eu quero é sair ao lado, e de mãozinha dada, se for possível.
O consumismo nos induz a um estado de insatisfação permanente, que aplaude o digital e o descartável e abomina tudo o que é eterno e trabalhoso.
Talvez seja por isso que a idéia de amar assuste tanto: a concepção de um sentimento duradouro e complicado contraria os valores vigentes, tornando-nos confusos e vulneráveis. É fácil conquistar uma menina por uma noite, é fácil ser atraído por um decote, difícil é querer estar com ela o tempo todo, difícil é não ter medo de ser feliz!
Eu posso parecer atrasada e até meio cafona, simplesmente não tenho outra opção. Enquanto a internet não disponibiliza uma versão melhor, eu fico com esse meu coração de sempre, que já não acredita em romances express, nem se contenta com amostras grátis de amor.”

Autoria: Desconhecida.
Apreciação da Postagem: EXCELENTE

10 março 2009

- Ligeiramente grávida

Acordou mal humorada.
Tentou olhar a folhinha e certificar-se se entrava na TPM.
Aquela ansiedade, aquele desconforto tinha que ter um motivo.
Tentou buscar apetite, estava enjoada. Mais já? De manhã cedo?
Uma tontura relâmpago lhe fez balançar e amparar-se na porta da cozinha.
Tinha algo errado. O que estaria em desacordo? Estômago? Fígado? Cabeça?
Girou o corpo e caiu de volta na cama. Dormiu.
Meio dia e quinze, pulou de sobre-salto com o barulho das crianças chegando da aula. A Kombi buzinando dava o tom exato do tamanho dos seus compromissos rotineiros que não lhe poupariam nem mesmo neste dia de real indisposição. Arrastou o corpo e seguiu o ritmo do dia entre um mal estar generalizado.
Quatro horas da tarde. É hora de decisão. Segue temerosa ao laboratório mais próximo e se habilita a indagação: _ a que horas terei o resultado?
_ amanhã pela manhã, responde a atendente.
São 17h30min horas do dia seguinte e o telefone toca incessantemente. Agora é sua mãe quem indaga:
_ Você não vai parar de ter filhos com este homem? (ela lembra o filme Laços de Ternura)...
-Mamãe, tente compreender!...
A porta abre-se às suas costas e sente um abraço esmagador.
A alegria, a ansiedade, o mal estar, sua mãe, as crianças, o futuro, o presente, tudo chegava a altas doses neste dia. É como se não estivesse acreditando mais gostando muito dessa paparicação. Este dia foi interminável, mais apenas o prelúdio de longos nove meses de uma nova espera.

Ireninha
Escrita na década de 80

- Colinho da Mamãe

Uma paixão, uma verdadeira tentação à linda, robusta e saudável criança.
No esplendor dos primeiros meses, apesar de todos os cuidados a serem dispensados, o bebê é a alegria da casa. Mamada, banho, berço, fraldas, os primeiros sorrisos, dentinhos, palavras... Não há vovó que se agüente.
Os anos correm. Logo voa pela casa o “pestinha”. Todos os aparatos do lar têm uma tarja: PERIGO. O fio do telefone, a ponta da toalha, a panela no fogão, as tomadas, as janelas, as escadarias. Criança deixa a gente cega.
A sucessão de etapas vai sendo vencida. As crianças crescem... E num piscar de olhos temos moço (as) em casa.
E agora? Até os filhos mais modernos costumam ser caretézimos em relação as suas próprias mães, já disse Danuza Leão.
Na presença deles é mesmo impossível ter opiniões, tomar um drink, admirar um astro.
O tipo mais indicado é o clássico e discreto.
Cheguei à conclusão que todo filho adolescente gostaria de cantar. ”Mamãe, mamãe... mamãe. Eu me lembro o chinelo na mão, o avental todo sujo de ovo”... Eles preferem mesmo as mãezonas, matriarca de quadris largos, prendas domésticas e absolutamente dispostas a trabalhar pelo seu conforto (deles).
Dividir as horas de lazer com seus filhos crescidos é um suplício. Nada, terminantemente nada que tenha tido a sua escolha vai agradá-lo.
Não tentar cerceá-los é uma boa opção, não cedendo, contudo aos seus caprichos de querer abafar nossa personalidade. Ora vamos, não admita!
Foram criados e educados por nós para o mundo. Logo a vida melhor ainda ensinará que eles não são os donos do mundo e da verdade, e daí... que saudades terão da cama prontinha, roupa limpinha e comidinha na mesa.
No mundo lá fora não há tréguas, não é mole.
Importante que sejam jovens para lutar, enfrentar a vida, e quando tudo parecer tão difícil, vir correndo buscar o conforto do lar doce lar e o carinho insubstituível do “colinho da mamãe”.

Ireninha / Crônica escrita em 1993

09 março 2009

- Exemplo de Honestidade

No último dia 20 de maio, viajei com minha família ao Uruguai.
Ao chegar à cidade de Chuí dei por falta de minha máquina fotográfica. Olhei dentro do carro e não a encontrei. Imaginei que a câmera deveria estar entre a bagagem, já que o carro estava lotado.
Quando chegamos à Fortaleza Santa Tereza, paramos para tirar uma foto e nada de encontrarmos a máquina. Nesta hora dei-me conta de que minha máquina “já era”!
Meu cunhado Rogério, rindo da situação, comentou: “Alguém vai encontrar olhar as fotos, identificar e vai te enviar a máquina pelo correio”.
E pasmem: não é que aconteceu exatamente desta forma?!
Nesta semana, um senhor chamado Marqueto, de Porto Alegre, ligou para o meu cunhado Rogério perguntando se ele esteve em Chuí.
Rogério, apesar de muito ressabiado (pensando o pior, o que teria feito naquele país que não havia se dado conta?), confirmou que realmente estivera no Uruguai. O senhor então perguntou se ele havia perdido algo.
Rogério logo respondeu que sim. Que a cunhada havia perdido uma máquina de fotográfica. Ao que Marqueto exclamou: “Ah, então estou falando com a pessoa certa”.
Este senhor contou que também esteve lá na mesma hora em que nós estivemos e, ao passear pelas ruas de Chuí viu uma algo brilhando em uma poça d`água, abaixo-se e lá estava a máquina.
Seria muito mais cômodo para ele, se tivesse entregado a um policial, dizendo que havia encontrado.
Mas o que fez?
Durante 15 dias ele teve a preocupação de nos identificar e devolver a máquina.
Ao olhar as fotos tiradas viu que em uma aparecia o carro de Rogério e a placa do mesmo. Foi ai que começou sua história de identificação. Teve o trabalho de localizar o proprietário, cidade, bem como seu fone celular.
Ao identificar o proprietário do veículo Rogério Maier não mediu esforços e ligou.
O senhor Marqueto falou que enviaria a máquina pelo correio e ainda recomendou que Rogério o avisasse assim que a máquina estivesse em suas mãos para saber se tudo estaria certo.
Uma pessoa com esta atitude não se encontra em qualquer esquina e muitos menos a toda hora. Ainda queria saber se a máquina chagaria ao seu destino final!
Imaginam se todas as pessoas que encontram algo na rua fizessem à mesma coisa?
Não dá para acreditar, mas foi exatamente assim que aconteceu comigo.
Fiquei muito feliz por encontrar alguém que se preocupa com outro, talvez não pelo valor da máquina, mas pelo seu exemplo de vida, honestidade e atitude.

Nunca imaginaria que isto fosse acontecer comigo um dia.
Perder algo em outro país e ainda recebê-la de volta, exatamente como a perdi.

Neda Traldi /maio 2008

08 março 2009

- Capão e as Corujas

Capão da Canoa, uma das mais freqüentadas e benquistas praias do Rio Grande do Sul desativou as festividades, o foguetório que brindaria a virada do ano pelo direito de vida e respeito a família de corujas. Nada foi mais louvável e perceptivo para entender os “sinais” da natureza. Mamãe coruja agradecida que o diga! Muito mais avisos se observam nas entrelinhas de tal fato, é só olhar ao redor. Os mosquitos... Ah os mosquitos! Quem diria que a impertinência das picadas inofensivas de verão transformariam esse inseto num inimigo mortal, amedrontador. A febre amarela, a dengue num país com percentual expressivo de mata é preocupante. Os mais folclóricos passeios por trilhas, pastagens e parreirais deixaram de ser simples e despreocupados.
Tal qual o conhecimento dos mergulhadores, temos que entender os milhões de co-habitantes merecedores do mesmo cuidado e liberdade, respeitando seus espaços longe da fúria desvairada do consumismo ofegante dos dias atuais.
Só para dizer que isso não se trata de uma utopia, de um devaneio, convém estar em alerta sob todos os aspectos da mãe natureza. Afinal, paciência tem limite e a dela parece estar no extremo.
Ouça os sinais. Observe. Preserve. Respeite. E quem der de ombros poderá ser derrubado num rasante de inseto, antes mesmo de ter tempo de correr pra pegar o chinelo.

Ireninha/ 2007

07 março 2009

- MOTOZAN Import



Exposição de MOTOS IMPORTADAS Honda no Criciúma Shopping com a revenda exclusiva das super máquinas para região sul e planalto serrano: MOTOZAN.
Abertura da exposição: 09 de março CBR 600RR, CBR 1000RR FIREBLADE, VARADERO XL 1000V - Com ABS e Dual CBS, Gold Wing GL 1800 - Com ABS e Dual CBS AIR BAGTRX 420 – Fourtrax - 4X2 e 4X4 I.E.

A emoção de pilotar máquinas como essas ultrapassam o limite dos sonhos.
Projetadas para suprir anseios como potência, tecnologia, segurança e beleza são mesmo conquistas cobiçadas de aquisição privilegiada.
Venha conhecer! Exposição Motozan Import/ Criciúma Shopping


Produção: CONEXÃO ARTE PUBLICITÁRIA

06 março 2009

- Palavra de Mulher


Música, música e música... Tudo na vida, não? Mas vamos deixar bem claro, MÚSICA, embora fora os preconceitos de estilos. Mas neste item é melhor não dividir.
Cada um com seus ouvidos não é mesmo?
Faço palavras cruzadas quando estou sozinha, choro muito pouco e agradecer ficou pra mim como uma espécie de hábito, de vício, diário, pra tudo e muito principalmente pela vida. OBRIGADO SENHOR! Mas afinal, estar aqui não é mesmo mágico?

Com espírito honesto e leal gosto de desafios intelectuais e tenho um espírito armado para o bem, evidente que usando uma dose de equilíbrio, de prudência, discrição, recuo e vigilância.
A solidão definitivamente não é minha companheira.
E como vou ficar só se vivo no mundo da PALAVRA?

Ireninha março/09

05 março 2009

- Bom Dia Porto Alegre

Sobre a velha Porto Alegre uma neblina densa.
Aos poucos o sol tímido começa a dissipar a branca nuvem gelada e começam a aparecer os velhos prédios gaúchos, o rio Guaíba com possantes embarcações que turbinam ao longe como que avisando que a vida continua.
É manhã em Porto Alegre, manhã gelada que me arremete (gostei desse verbo) a um passado nem tão distante. Bairro Menino Deus, Rua Grão Pará, sobrado da Tia Marly onde ouvia no rádio a música da Apolo 11 com Nelson Gonçalves e ensaiava os primeiros desafios amorosos. Lá onde comia brigadeiro na panela e sonhava... claro!! Sonhava muito.
Os anos correram. O tempo passou. A barriga cresceu os sinais evidentes de que estou em novo tempo estão logo ali, uma calça no cabideiro manequim 46 e um lindo bebê de seis meses dormindo sobre a cama. Tem o nome de ALICE, com lindas bochechas rosadas e que tão logo estará me chamando de vovó.
Vejo como uma cortina do tempo se abrindo nessa manhã em Porto Alegre.
Os meninos loirinhos da mana Eliana (dona desse apto. na Independência) estão crescidos, formados, todos diplomados aqui na capital gaúcha. As primas, filhas da Tia Marly são hoje jovens senhoras, românticas, enfilharadas... Uma alegria estar com elas!
A Porto Alegre que já me seduziu um dia, uma noite, entre luzes , música e jato móveis continua aqui em novas gerações.
Minhas tias Marly e Aracy se foram. Já não tenho tantas vontades como tive no passado. Minha curiosa maneira de viver está cheia de limites. Na alimentação, na destreza e agilidade que hoje estão mais lentas, estou na certeza que cada tempo tem seu tempo. O sol de Porto Alegre agora está subindo. São 10 horas da manhã e nessa pausa da lembrança descobri mais uma, que quase tudo hoje não tem pressa, mas que minha imaginação continua viva, veloz, ilimitada. Graças a Deus!
Bom dia Porto Alegre!

Ireninha /Junho 2008

04 março 2009

- Dia Internacional da Mulher

A beleza de uma mulher tem que ser vista a partir dos seus olhos porque essa é a porta para o seu coração


Numa feliz parceria com a loja O BOTICÁRIO do Criciúma Shopping, as MULHERES do colégio Hermann Spethmann (turnos matutino e noturno) estarão recebendo nesta sexta-feira dia 06/03, durante o intervalo de aulas, uma fita dourada anexado a um convite o qual dará direito a uma limpeza de pele, na da famosa rede de cosméticos e perfumaria. (Loja do Criciúma Shopping).
Como bem diz o slogan de campanha de O BOTICÁRIO - NÓS ACREDITAMOS NA BELEZA, o colégio HS que trabalha valores de ordem intelectual rende-se a proposta otimista de O Boticário entendendo que é inegável o elo que une a MULHER e a BELEZA . Parabéns Mulheres !

03 março 2009

- Viver e Reviver

Saudosista de carteirinha, só não vivo mais do passado porque estaria me omitindo do presente. E no presente convenhamos..temos tantos presentes.
Mais lembrar tem para mim um efeito alentador. É viver e reviver, é me transportar para uma época incrível, gostosa.., mais afinal o que não é gostoso quando se tem 18, 20 anos?
Já divisei fronteiras que vão de Curitiba (minha terra natal) ao mágico encanto do Morro dos Conventos. Naquelas dunas de areias brancas está um pedaço precioso da minha adolescência. O eco das furnas, o rio Araranguá, o bar do Quitanda, a boate do Erechim e suas luzes mágicas na noite. Era quase uma estréia para a vida, com gosto de primeiro beijo, primeiras sensações... paqueras, amigos e confidências.
O tempo passou na janela. Nossa janela da alma continua aberta. Já não temos tantos amigos confidentes, nem tantas visitas em casa como tínhamos antigamente. Era uma legião de amigos, quase uma cidade inteira.
O mundo ficou mais rápido, mais techno. No tóc tóc dos teclados, nas inúmeras fotos digitais, nunca tivemos tantas facilidades mais certamente estamos bem mais sós. Que paradoxo! Hoje mesmo me peguei conversando simultaneamente com Curitiba, Florianópolis, Torres e Itália. Grandes e velhas amigas. Ao mesmo tempo me transpus aos beliches gostosos do nosso passado, no apêzinho do Morro dos Conventos, onde estávamos sempre entre 10, 12 amigas numa sintonia imensa, com a cumplicidade da idade, sonhos comuns e projetos de rigorosa simplicidade. Rever-me menina moça e cheia de sonhos me faz feliz; os sonhos prosseguem as visões e anseios também, ainda que tenha que entender que cada tempo tem sua graça. Rendo diariamente graças a Deus por estar viva saudável e romanticamente saudosa. São incorrigíveis emoções que aceleram o processo de busca e me transportam a este agradável recolhimento que audaciosamente divido com vocês. Sorry!

Ireninha / 2008

02 março 2009

- Companhia do Exercício Banners

Banners: Academia Companhia do Exercício


Produção: Conexão Arte Publicitária