28 julho 2010

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26 julho 2010

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21 julho 2010

A onipotência jornalística

A algum tempo, antes mesmo de eu entender direito que história era essa de jornalismo, eu já ouvia falar.

"Se médico pensa que é Deus, jornalista tem certeza".
Só ao começar a trabalhar no meio é que entendi profundamente - e na prática - o significado dessa afirmação. O que acontece com a classe jornalística? Será que prepotência é uma das características fundamentais para se trabalhar na área? Pois é o que parece.
Me desculpem os jornalistas bonzinhos, mas quem é que nunca se deparou com aqueles que se consideram monstros sagrados, donos de uma verdade única e absoluta? Mesmo ao mudar uma única vírgula em sua reportagem, eles fazem questão de dizer "Você não sabe escrever? Vai errar vírgula agora?".
Após passar por diversas redações, nunca sofri tanto nesse sentido como sendo assessora de imprensa. E olha que eu sigo todas as regras para não atrapalhar o jornalista e nem ofereço pauta ou fico insistindo sobre algo que não é de interesse do veículo.
Mas eles estão lá, nas redações, prontos para nos humilhar: os carnes de pescoço! Eu tomei a liberdade de classificar os carnes de pescoço em algumas categorias:
- O anti-contato: é o que tira o telefone do gancho e desliga antes mesmo de saber quem você é.
- O quase simpático ou esperança eterna: é o que tira o telefone do gancho e não te atende. Você fica ouvindo tudo o que se passa na redação, com esperança de que a pessoa te atenda, até que se cansa e desiste.
- O patrão: aquele que se interessa por uma pauta enviada, liga pra você, não dá os cumprimentos iniciais e já vai vomitando uma série de exigências. Ex:
Ass: Assessoria de imprensa, boa tarde.
Red: Cadê a Fulana?
Ass: Só um minuto que eu vou chamar. Quem quer falar?
Red: Ela já me conhece
Ass. Ah, tá bom, só um minutinho.
Ass2: Alô.
Red: Fulana - Manda uma foto de um cachorro de cabeça pra baixo, dentro de uma caixinha de transporte, só que eu quero rosa com bolinhas amarelas e um texto explicativo de 758 toques sobre os benefícios do ácido ascórbico para alimento animal. Anota aí:
jesus@ceu.com.br. To esperando em cinco minutos.
Tu tu tu tu tu tu tu tu tu
- Os monossilábicos: eles não querem te atender, nem ser mau-educados. Então você se apresenta, fala da onde você é, pergunta se ele está ocupado, se pode falar no momento, se houve interesse pela pauta e só houve: ahn, ahn, ahn, hum, ahn, ahn, ahn, ahn, tá.
- O professor: aquele cara que não tem o que fazer, pega o seu release e fica achando pêlo em ovo, verificando se há palavras repetidas, se você colocou ou deixou de colocar a vírgula, se há ponto antes ou depois das aspas. Certo, dia, recebi algo assim:
Red: Você é jornalista?
Ass: Sou!
Red: Então por que raios você repetiu duas vezes a palavra tal em um texto curto colocou um ponto final ali e uma vírgula aqui? E por que me respondeu "sou" com um ponto de exclamação no final?
E esse cara ainda escreveu palavras assim, com acento. Eu não posso errar, mas ele pode né?
Nem tão ligados à prepotência em si, mas também um pouco maléficos, seguem:
- Os preguiçosos: pegam sua pauta e mandam você resumir, adicionar informações, ao invés deles mesmos realizarem as modificações, adicionarem dados e adequarem o texto.
- Os sacanas: eles usam seu texto completo, ligam e pedem mais mil coisas pra complementar e publicam a matéria sem nenhuma fonte.
Peraí! Agora eu me lembro que, na minha época de estagiária, odiava me mexessem no meu texto, que mudassem meu jeito de escrever, meus pontos, vírgulas e afins. Santo Deus! Até eu?!
Ainda bem que hoje, depois de árduas experiências, tudo o que tento é não ser prepotente, não ser mal-educado tampouco implicante. Relevar alguns erros faz parte da vida. E que atire a primeira pedra quem nunca errou.
E você consegue definir mais algum tipo de jornalista "carne de pescoço"?

http://nathanalacerda.blogspot.com